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Retiros espirituais sobre a oração 4v1e6

No Evangelho de Marcos, lemos que Jesus “se retirou para rezar” (Mc 1,35). O Evangelista oferece-nos uma imagem de Jesus que indica duas dimensões essenciais da oração cristã: o afastamento dos trabalhos da vida quotidiana – necessário na procura do diálogo pessoal com o Pai – e o silêncio do coração – indispensável para dar espaço à voz de Deus e escutar o que Ele quer. Nesta perspectiva, no contexto do Ano da Oração, a oportunidade de fazer um retiro espiritual revela-se como uma experiência essencial para a renovação do coração e a conversão espiritual a que todos fomos convidados pelo Santo Padre. 2v466w

“Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome” (Mt 18, 20): eis o sentido do retiro espiritual. Jesus ensinou-nos que, quando os cristãos se reúnem em oração, Ele está presente de uma forma especial no meio deles: neste sentido, a prática do retiro espiritual é uma grande oportunidade para experimentar mais plenamente a presença do Senhor através da oração e da vida comum partilhada nos dias de retiro. A prática do retiro espiritual, não pode ser vivida como uma fuga da realidade, mas antes como uma imersão mais profunda nela, através do silêncio da oração: o fruto de um autêntico retiro espiritual não será, portanto, a nostalgia dos dias de pausa dos ritmos ordinários, mas sim uma luz nova através da qual a vida quotidiana será transfigurada pela presença do Senhor. Num mundo que muitas vezes nos distrai e nos afasta da nossa vida de fé, o retiro em oração torna-se como uma paragem num oásis fértil no meio do deserto das nossas cidades que, embora ricas de meios e oportunidades de encontro, muitas vezes escondem e cobrem o olhar da verdadeira fonte de esperança, aquela alegria gratificante que só o Senhor nos pode dar.

O Ano da Oração pode tornar-se uma ocasião para renovar, mesmo entre aqueles que não são consagrados, a importância de dedicar alguns dias do ano a um encontro especial com o Senhor. É possível escolher e propor alguns locais de retiro – como mosteiros, conventos ou destinos de peregrinação – onde se costumam oferecer, com uma certa regularidade, momentos de espiritualidade dedicados à oração.

As nossas paróquias podem tomar a iniciativa de organizar alguns dias de retiro. Embora por vezes seja difícil, tendo em conta os vários compromissos pastorais, podemos igualmente empenhar-nos na organização de retiros mensais de um dia – ou apenas meio-dia –, de preferência num sábado à tarde ou num domingo, de modo a favorecer a participação de quem não tem outros dias livres de compromissos profissionais.

Mesmo no decorrer do ano, é possível assumir o espírito que nos anima nos retiros espirituais: a chamada “oração de Jesus” (também conhecida como “oração do coração”), por exemplo – tão cara aos Padres da Igreja –, bem como a prática de recitar jaculatórias ao longo do dia (ex. Senhor Jesus tem piedade de mim), permitem-nos recordar constantemente a presença do Senhor que sempre nos acompanha, elevando assim a Deus um louvor contínuo. São orações que podem ser recitadas quando se está no carro ou nos transportes públicos, também como forma de intercessão pelos desconhecidos que se encontram no caminho. Se for possível arranjar um tempo extra durante a semana, seria bom dedicar um momento de paragem junto do Santíssimo Sacramento, talvez no regresso do trabalho ou durante a pausa para o almoço. Entre as práticas a reavaliar em várias ocasiões, estão as visitas ao cemitério e as orações pelos defuntos.

Além disso, certas épocas do ano convidam-nos a alimentar e a reforçar a nossa relação com os santos e com a Virgem Maria através de orações específicas, por exemplo, nos meses de maio e outubro, em que seria um bom hábito, como já acontece em várias realidades, recitar o Santo Rosário nas ruas ou nos condomínios dos nossos bairros.

Finalmente, também no contexto do discernimento vocacional, a oração mostra-se como um lugar de encontro para pedir ao Senhor que tudo aconteça segundo a sua vontade. A oração em silêncio deve apresentar-se como uma súplica amorosa para Cristo presente, como a capacidade de um pedido sincero da Sua Luz na nossa vida, no nosso caminho (Cf. Ensina-nos a rezar, p. 51 e 54).

Quanta riqueza à nossa disposição! Não as desperdicemos.

Dom Moacir Silva
Arcebispo Metropolitano

Boletim Informativo Igreja-Hoje
Setembro/2024

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